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Redes sociais, mas com profissionalismo
Praticamente sepultados pela evolução das relações entre recrutadores e recrutados
Praticamente sepultados pela evolução das relações entre recrutadores e recrutados, o modelo, a forma e o tradicional caminho percorrido pelo clássico currículo vêm se moldando desde o fim dos anos 1990, quando surgiram os primeiros portais de recolocação profissional.
O networking (ou rede de contatos) também progrediu. A criação das redes sociais agregou à antiga troca de cartões de visita novas maneiras de absorver conhecimento e experiências e tornou menos complexa a busca por mão de obra no mercado.
Embora ajude a gerar negócios para empresas e profissionais liberais, essas ferramentas têm eficácia dependendo da forma que são utilizadas. Antes de começar a utilizá-las, faça uma análise mais global e estratégica do alcance que pretende buscar.
Em primeiro lugar, defina sua identidade corporativa – mesmo que seja um profissional autônomo. Quem é você? O que faz? Como se diferencia de seus concorrentes? Quais são os valores que busca entregar para clientes e sociedade?
Uma vez respondidas estas questões, fica mais fácil estabelecer o conteúdo do seu perfil e o que publicar – ou não publicar. O compromisso com a verdade é fundamental, pois uma pequena mentira pode destruir sua reputação. Infelizmente é comum os recrutadores se depararem com currículos com informações inverídicas, como fluência em outro idioma. Ao término desta etapa, alinhe o uso da rede social com os seus objetivos profissionais.
Lançado em 2003 e atualmente com 300 milhões de usuários em mais de 200 países, dos quais 20 milhões no Brasil, o LinkedIn – plataforma que conecta profissionais do mundo todo – pode trazer resultados interessantes.
Pesquisa promovida pela própria rede social, que avaliou o comportamento dos profissionais nas empresas, revelou números interessantes. Entre os brasileiros, 31,3% informaram que não contratariam alguém sem perfil no LinkedIn, enquanto 27,1% acreditam ser importante atualizar o perfil constantemente.
Com dados como estes, fica clara a seriedade com que é tratada esta ferramenta, tornando um ato de insensatez entrar nesta rede se você quer apenas se divertir. Até mesmo oFacebook é invariavelmente palco de casos envolvendo contratações a partir de boas ideias e demissões geradas por postagens preconceituosas.
Se pretende gerar negócios ou progredir profissionalmente, pense três vezes antes de publicar piadas e fazer brincadeiras. É claro que você pode (e deve) ser divertido, mas o limite entre a brincadeira e a ofensa é tênue. Cuidado!
Não seja chato! Futebol, política e religião são temas importantes, mas postar todos os dias suas ideias pode ser um tiro no pé. Lembre-se: há quem pense diferente de você! Portanto, muita calma com a quantidade e a qualidade das postagens sobre temas polêmicos. Além de manter o perfil atualizado, poste frequentemente conteúdos interessantes e que promovam a reflexão e o debate. Pense nisto.
(*) Roberto Dias Duarte é sócio e presidente do Conselho de Administração da NTW Franchising, primeira franquia contábil do país.